Em TI chamamos de redundância a duplicação de elementos que compõem a infraestrutura de um data center. Já a resiliência extrapola a TI e é uma das necessidades que asseguram a sobrevivência do negócio.
Para entendermos melhor o que é e qual é a importância da resiliência de dados, primeiramente vamos recapitular o que é redundância de dados.
Essencialmente, a redundância pode ser definida como a manutenção de cópias que podem ser acessadas como reservas em casos de falhas ou danos.
Ela se aplica tanto nos componentes virtuais, como informações, softwares e registros, quanto físicos, como fontes de energia, máquinas e prédios.
Um bom data center precisa estar preparado para aumentar a disponibilidade dos serviços online oferecidos pelos seus clientes.
O atendimento pela internet, estações de trabalho remotas, aplicativos, ferramentas de e-commerce, etc. são cruciais para a manutenção do negócio.
Com a redundância de dados, não há necessidade de se preocupar com imprevistos durante atualizações ou manutenção de servidores.
Isso significa que o seu negócio ficará sempre no ar, sem quedas, gerando receita ininterruptamente.
O que a redundância duplica para garantir disponibilidade máxima
- Dados – Para evitar falhas graves na estrutura de TI são necessárias soluções mais eficientes como backup na nuvem.
- Sistemas – O gerenciamento de sistemas desenvolvidos e mantidos pelos clientes de um data center, por exemplo, podem ter seus códigos e linguagens de programação preservados.
- Fontes de energia – para garantir a continuidade de serviços mais complexos em caso de indisponibilidade ou intermitência da rede elétrica é necessário investir em geradores.
- Redes – Redundância de redes envolve a contratação de pelo menos dois serviços de internet de operadoras diferentes.
- Estrutura – Em um data center TIER III, devem haver duas salas de entrada separadas em pelo menos 20 metros, com sistemas de energia, climatização e proteção contra incêndios
Mas e em casos de catástrofes? A redundância garante a sobrevivência dos dados também nessas situações.
Empresas que trabalham com informações estratégicas não podem jamais perder dados por conta de falhas irreversíveis de servidores.
Já imaginou o problema que isso se tornaria para um banco? As informações são tão importantes que sua perda afetaria os serviços de forma fatal.
Então porque a resiliência de dados é necessária?
Pense no pior cenário possível, um evento padrão “fim do mundo”. Somente uma situação destas não seria coberta pelos 99,98% de disponibilidade dos serviços garantida pela redundância.
Estes 0,02% de chances de algo dar errado são conhecidos como “tempestade perfeita”, algo que nunca aconteceu e há pouquíssimas chances de que venha a acontecer.
Mas este número mostra que é possível, ainda que muito remotamente, que o sistema seja derrubado.
Por esta razão, além de todas as camadas de redundância citadas anteriormente, existe uma última barreira contra falhas.
É ela que garante, na prática, 100% de disponibilidade do seu ambiente operacional.
Além de redundância de dados, seu data center precisa ter resiliência.
Isso significa que o nosso time também vai trabalhar em dobro para que as chances extremamente pequenas de falhas que não podem ser evitadas possam ser resolvidas.
Com a resiliência, a equipe está habilitada a recuperar o sistema em colapso, ainda que em um grau muito sério de interrupção.
Apesar dos 99,9% de disponibilidade garantidos pela redundância, é preciso que haja uma maneira de se recuperar de falhas de maneira rápida e eficiente: a resiliência de dados.
Construindo a resiliência de dados
Garantir um bom nível de continuidade não é o foco apenas em situações pós-queda ou eventos inesperados.
No dia a dia também é preciso compreender as necessidades de cada negócio e quais são os recursos necessários para manter a capacidade.
A resiliência de dados deve ser um processo operacional que integre executivos com visão ampla de negócios e TI com visão técnica de disponibilidade de serviços.
Ambos trabalhando juntos devem ter como objetivo minimizar o efeito de eventos que podem colocar as operações em risco. E devem desenvolver a habilidade de promover mudanças rapidamente nos processos quando necessário.
Na prática, a melhor forma de conseguir isso é dividindo o trabalho de resiliência em 4 partes escaláveis:
- gerenciamento dos serviços de TI;
- segurança e governança de dados;
- continuidade de serviços;
- recuperação de desastres.
Outros dados
Adotando essas medidas, o data center que promove a resiliência de dados será uma realidade constante para as empresas, ainda que não tenham a necessidade de utilizá-la.
Porém, isso está longe de significar que estas medidas são desnecessárias. Alguns dados obtidos pela pesquisa “O Futuro da TI: Perspectivas sobre Migração, Proteção e Recuperação” corroboram essa afirmação.
Você sabia, por exemplo, que 50% das empresas atribuíram a perda de seus dados a práticas insatisfatórias de recuperação? E que 30% delas não buscaram data centers com as medidas necessárias de resiliência alegando dificuldade ou falta de recursos?
Em qual metade você quer que sua empresa esteja? É fato que somente em uma delas nenhum serviço cairá.
Agora ficou claro como a resiliência é uma importante medida de proteção de dados corporativos, um dos maiores ativos das empresas nos dias de hoje. E que e tornará cada vez mais valioso.
Quem concorda comenta aqui embaixo!